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Dinossauros do Brasil



    O Brasil possuí cerca de 35 espécies de dinossauros catalogadas, algumas outras ainda estão passando por estudos para a determinação correta da espécie, gênero, etc e são consideradas no momento como indeterminadas, outras ainda já haviam sido classificadas como dinossauros e após novos estudos e descobertas acabaram sendo reclassificadas como espécies pertencentes a outros grupos de animais extintos. As principais regiões fossilíferas no Brasil ocorrem no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, São Paulo, Amazonas e Maranhão. Essas regiões estão descritas com maiores detalhes em seguida.

    Esse número de espécies descritas no Brasil vem crescendo rapidamente, entretanto ainda pode ser considerado muito pequeno, pois comparado a países como a Argentina, Estados Unidos, China, entre outros, que já ultrapassaram mais de 100 espécies identificadas. Existem também outras espécies que ainda estão em processo de estudos, como Spondylosoma absconditum e o Antarctosaurus brasiliensis, que são consideradas ainda como espécies questionáveis, o Teyuwasu barberenai que é considerado indeterminado e o caso do Sacisaurus agudoensis que inicialmente foi classificado como dinossauro, contudo maiores estudos mostraram que ele era na verdade era um pré-dinossauro.

    Durante os períodos colonial, Imperial e início da República, surgiram vários relatos sobre fósseis de vertebrados e dinossauros. Contudo, se verificou que a maioria deles pertenciam a outros grupos de animais e não a dinossauros. Muitas descobertas realizadas em território nacional foram enviados para o exterior e acabaram indo fazer parte de coleções particulares e museus, permanecendo sem registros. O primeiro paleontólogo a realizar trabalhos significativos no Brasil foi o dinamarquês Peter Wilhelm Lund, nascido em 1801 e que viajou para o Brasil em 1825 com medo da tuberculose, a qual já havia matado dois irmãos. Durante 20 anos procurou por fósseis na região de Lagoa Santa no estado de Minas Gerais, sendo então considerado o pai da paleontologia brasileira.

    Llewellyn Ivor Price foi quem iniciou os estudos formais sobre dinossauros no Brasil próximo de 1930, ele realizou escavações no triângulo mineiro, na região de Peirópolis e no Rio Grande do Sul, coletando fósseis de crocodilos e dinossauros. Apenas em 1970 é que foi descrito o primeiro dinossauro brasileiro por Edwin Harris Colbert do Museu Americano de História Natural, o Staurikosaurus pricei Colbert, 1970, a partir de fósseis coletados por Price, cujo nome foi homenageado no nome científico da espécie.
    Atualmente diversas descobertas estão sendo realizadas a cada dia, vários fósseis já foram encontrados e muitos estudos estão em andamento, com certeza teremos mais dinossauros catalogados para adicionarmos nessa lista!

Veja na tabela abaixo a lista de dinossauros brasileiros:

Adamantissauro
Amazonssauro
Angaturama
Aratassauro
Arrudatitan
Austroposeidon
Bagualossauro
Baurutitan
Brasilotitan
Buriolestes
Estauricossauro
Gnathovorax
Gondwanatitan
Guaibassauro
Irritator
Itapeuassauro
Macrocollum
Maxakalissauro
Mirischia
Nhandumirim
Oxalaia
Pampadromaeus
Pycnonemossauro
Santanaraptor
Saturnalia
Spectrovenator
Tapuiassauro
Thanos
Trigonossauro
Triunfossauro
Uberabatitan
Ubirajara
Unayssauro
Vesperssauro
Ypupiara


   No Brasil, as principais regiões fossilíferas são:
   Formação Santa Maria (225 milhões de anos atrás, Triássico médio a superior, Bacia do Paraná, RS).
    A Formação Santa Maria é constituída de siltitos e sedimentos pelíticos, depositados em um ambiente com rios e lagos. Nessa região foi encontrado um dos fósseis de dinossauros mais antigos do mundo, um Staurikosaurus, encontrado em sedimentos de 225 milhões de anos, onde apenas um exemplar dessa espécie foi descrito até hoje. A Formação Santa Maria é semelhante à algumas formações ricas em fósseis de dinossauros da Argentina, fato que evidencia o potencial dessa formação para novas descobertas importantes.
    Recentemente, expedições realizadas no Rio Grande do Sul encontraram vestígios de outros dinossauros pertencentes ao grupo dos prossaurópodes, os quais ainda não foram identificados. A Formação Santa Maria é rica em fósseis de outros vertebrados tais como os Dicinodontes, dos quais já foram encontrados quase 100 exemplares, Cinodontes, e vários répteis como, por exemplo o Prestosuchus.

   Formação Santana (110 milhões de anos atrás , Cretáceo médio da Bacia do Araripe, CE, PE e PI).
    Essa é provavelmente o mais rico depósito de vertebrados fósseis do Brasil, e um dos mais importantes do mundo, chamando atenção pelo excelente estado de preservação. É de lá que vem aqueles milhares de fósseis com peixes encontrados nas feiras e lojas por todo o Brasil (obs.: O comércio de fósseis é ilegal !!!).
    Os fósseis de dinossauros são raros, e estão restritos ao Membro Romualdo (que é a unidade mais do topo da bacia). Dois grupos foram descritos formalmente: Irritator e Angaturama porém alguns pequenos exemplares ainda aguardam descrição. Todos pertencem ao grupo dos Terópodes (Santanaraptor).
    A grande atração da Bacia do Araripe é um fóssil encontrado em 1991, que ao ser submetido à um microscópio eletrônico, mostrou a presença de pele, fibras musculares e possíveis vasos sanguíneos do animal. Esse é melhor exemplar de tecido mole preservado encontrado até o momento. Além dos dinossauros a Bacia do Araripe é rica em fósseis de peixes (Lepidotes, Araripelepidotes, Vinctifer, Rhacolepis, Lepitolepis, Enneles, Brannerion, Dastilbe, Tharrhias, Belonostomus e Cearana), tartarugas, crocodilianos (Araripesuchus), pterossauros (Tupuxuara, Tapejara e Anhanguera), foraminíferos, crustáceos, gastropódes, ostracóides, bivalves e equinóides.

    Grupo Baurú ( 80 milhões de anos atrás, Cretáceo superior abrangendo as regiões de Bauru, SP, MG, PR, GO e MT ).
     O Grupo Bauru é composto pelas formações Adamantina, Marília, Caiuá, Santo Anastácio e Uberaba. O Grupo Bauru é a mais extensa sequência sedimentar de idade cretácea da América do Sul, e é constituída de arenitos e siltitos depositados em ambiente fluvial. A presença de dinossauros carnívoros é evidenciada por dentes e ovos de pequenos terópodes (Abelissaurídeos). Já as formas herbívoras apresentam também alguns fósseis de ossos, que permitiram ser classificados como pertencentes à saurópodes. No Brasil, as formas coletadas pertencem ao grupo dos Titanossauros, os quais também são encontrados na Argentina. Os restos de Titanossauros correspondem à maior parte do material relacionado à dinossauros encontrado no Brasil, incluindo até um raro ovo. O Grupo Bauru apresenta também fósseis de peixes, crocodilos (Mariliasuchus amarali e Adamantinasuchus navae), tartarugas, lagartos e anfíbios . Além dos fósseis de ossos de dinossauros, já foram encontrados mais de 300 dentes, 4 ovos e muitas pegadas fósseis e os primeiros fósseis de aves da época dos dinossauros achados no Brasil, os quais foram encontrados na região de Presidente Prudente. Em Marília foi encontrada a primeira ocorrência no Brasil de ovos fossilizados de crocodilos, pertencentes ao Mariliasuchus. Outros fósseis importantes são os coprólitos (excrementos fossilizados) onde a maioria pertenceu à crocodilianos (como o o Mariliasuchus) e à dinossauros saurópodes.

   Região Amazônica (80 milhões de anos atrás, Cretáceo inferior, 8 milhões de anos atrás, Plioceno e 25 mil anos atrás, Pleistoceno).
    Há cerca de 80 milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo, a Região Amazônica era um braço de mar, que surgiu com a separação da América do Sul e da África, que foi mudando respectivamente com a formação dos Andes, onde foram encontrados muitos dentes de tubarão na Serra do Moa, entre o Acre e o Peru. Há 3 milhões de anos atrás, durante o Plioceno, surgiram animais gigantes de regiões pantanosas, como tartarugas e crocodilos, como a Stupendemys e o Purussauro. A Região Amazônica foi ao poucos se transformando em cerrado e logo foi coberta por um enorme cerrado muito parecido com a savana africana, há 1 milhão de anos atrás, a vegetação era baixa e alimentava animais semelhantes aos de hoje, porém bem maiores. Os tatus e as tartarugas, por exemplo, tinham o tamanho de um carro pequeno, as Preguiças gigantescas, que ultrapassavam os 3 metros, perambulavam pela paisagem. A região de cerrado virou floresta e surgiram então animais como o toxodonte e o Mastodonte da Planície e há 10 mil anos atrás, esses animais entraram em extinção, muitos por causa da transformação das savanas em florestas. Alguns deles se adaptaram tanto às áreas abertas quanto às arborizadas, como o tatu, a anta, a cutia e a capivara, que ainda possuem as características de seus antepassados.



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