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Paleontologia Brasileira

    No Brasil a Paleontologia se encontra em desenvolvimento como quase todas as outras ciências, as quais encontram-se assim por causa do ensino escolar no país ser deficitário, dando um início a má formação acadêmica e intelectual dos brasileiros, onde poucos são os privilegiados a possuir o ensino superior e menor ainda a quantidade dos que possuem uma pós-graduação (Mestrado, Doutorado, PhD, etc). Essa má formação acadêmica leva o brasileiro a não "gostar muito" da leitura, tornando mais difícil a transmissão de conhecimentos.
   Partindo desse pressuposto, ainda podemos levar em consideração o fato do estudo de seres que habitaram o Brasil há milhares e milhões de anos atrás estar em terceiro plano no que se diz respeito ao desenvolvimento do país, sendo assim a maior parte da verba do país vai para setores considerados de maior importância como alimentação, moradia e saúde, indo em segundo plano para o desenvolvimento de pesquisas, os quais atualmente estão também priorizando setores energéticos e econômicos, tornando então disponível pouquíssimas verbas destinadas para setores como Paleontologia e Arqueologia. Isto se compararmos a países desenvolvidos, como o EUA, Inglaterra, etc, pois há outros países que investem menos ainda que o Brasil nessas áreas.
    Sendo então este o principal problema a ser enfrentado pela Paleontologia brasileira, a falta de recursos, o setor conta com escolas de ensino superior muito bem aparelhadas e com ótimos profissionais de qualidade internacional, que não deixam em nada a desejar se comparados com os norte-americanos ou europeus, conta também com uma flora e fauna bem diversificadas composta desde de seres simples até gigantescos dinossaurossaurópodes.

   Para se tornar um Paleontólogo, existem vários caminhos, sendo alguns deles:

   A Geologia, que é a ciência que estuda a origem, a formação, a estrutura, a composição da crosta terrestre e suas alterações ao longo do tempo. O geólogo é quem investiga a ação das forças naturais sobre o planeta, analisando fósseis, minerais e a topografia dos terrenos, acompanha a exploração de jazidas de minério, depósitos subterrâneos de água e reservas de petróleo, carvão mineral e de gás natural.

Podendo atuar também em outras áreas como levantamentos sobre construção de represas, túneis e estradas, atuando também com petróleo, hidrogeologia, mineralogia e paleontologia.

O curso de Geologia em geral começa com matérias básicas, como química, matemática, física e biologia, podendo variar dependendo da universidade, mas já no primeiro ano o aluno já tem atividades de campo. No segundo ano, começam algumas disciplinas específicas, como petrografia (descrição e análise de rochas), sedimentologia e paleontologia. A partir do terceiro ano, a ênfase é na formação profissional, com aulas de geologia econômica, sensoriamento remoto, tratamento de minérios e geologia urbana, entre outras. O curso tem muitas aulas de campo e grande parte do conteúdo estudado é aprendido fora das salas de aula.

    Para conhecer mais sobre as principais atividades desses profissionais e os mais conhecidos, visite a página: Paleontólogos.
    Para conhecer mais sobre essa fantástica ciência, visite a página: Paleontologia.
    Os melhores cursos de Geologia no Brasil são oferecidos pelas seguintes Universidades:

Universidade de Brasília (UnB)

Universidade Federal do Pará (UFPA)

Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Universidade Federal de Belo Horizonte (UFMG)

Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Universidade Estadual de São Paulo (Unesp)

Universidade de São Paulo (USP)


   O curso de Ciências Biológicas ou Biologia é a ciência que estuda todas as formas de vida (flora e fauna), envolvendo até o desenvolvimento e volução humana. O biólogo pesquisa a origem, a evolução, a estrutura e o funcionamento dos seres vivos, analisando as relações entre os diversos seres e entre eles e o meio ambiente. O vasto campo de estudos na graduação permite que, depois de formado, o profissional siga caminhos diversos, conforme seu interesse. Da pesquisa com células-tronco ao trabalho ambiental, a carreira do biólogo é abrangente e promissora, em razão, especialmente, da crescente preocupação, em nível mundial, com o meio ambiente. A atuação desse profissional é ainda fundamental na descoberta de aplicações de organismos na medicina, no desenvolvimento de medicamentos e na indústria, em áreas de fabricação de bebidas e de alimentos e no estudo da evolução dos seres vivos ao longo do tempo.

    Os melhores cursos de Ciências Biológicas ou Biologia no Brasil são oferecidos pelas seguintes Universidades:

Universidade de Brasília (UnB)

Universidade Federal de Belo Horizonte (UFMG)

Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Universidade Federal do Pará (UFPA)

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Universidade Estadual de São Paulo (Unesp)

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Universidade de São Paulo (USP)

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)


   No Brasil, as principais regiões fossilíferas são:

    Formação Santa Maria ( 225 milhões de anos atrás, Triássico médio a superior, Bacia do Paraná, RS)
    A Formação Santa Maria é constituída de siltitos e sedimentos pelíticos, depositados em um ambiente com rios e lagos. Nessa região foi encontrado um dos fósseis de dinossauros mais antigos do mundo, um Staurikosaurus, encontrado em sedimentos de 225 milhões de anos, onde apenas um exemplar dessa espécie foi descrito até hoje. A Formação Santa Maria é semelhante à algumas formações ricas em fósseis de dinossauros da Argentina, fato que evidencia o potencial dessa formação para novas descobertas importantes.
    Recentemente, expedições realizadas no Rio Grande do Sul encontraram vestígios de outros dinossauros pertencentes ao grupo dos prossaurópodes, os quais ainda não foram identificados. A Formação Santa Maria é rica em fósseis de outros vertebrados tais como os Dicinodontes, dos quais já foram encontrados quase 100 exemplares, Cinodontes, e vários répteis como, por exemplo o Prestosuchus.

    Formação Santana (110 milhões de anos atrás , Cretáceo médio da Bacia do Araripe, CE, PE e PI)
    Essa é provavelmente o mais rico depósito de vertebrados fósseis do Brasil, e um dos mais importantes do mundo, chamando atenção pelo excelente estado de preservação. É de lá que vem aqueles milhares de fósseis com peixes encontrados nas feiras e lojas por todo o Brasil (obs.: O comércio de fósseis é ilegal !!!).
    Os fósseis de dinossauros são raros, e estão restritos ao Membro Romualdo (que é a unidade mais do topo da bacia). Dois grupos foram descritos formalmente: Irritatos e Angaturama porém alguns pequenos exemplares ainda aguardam descrição. Todos pertencem ao grupo dos Terópodes ( Santanaraptor ).
    A grande atração da Bacia do Araripe é um fóssil encontrado em 1991, que ao ser submetido à um microscópio eletrônico, mostrou a presença de pele, fibras musculares e possíveis vasos sanguíneos do animal. Esse é melhor exemplar de tecido mole preservado encontrado até o momento. Além dos dinossauros a Bacia do Araripe é rica em fósseis de peixes ( Lepidotes, Araripelepidotes, Vinctifer, Rhacolepis, Lepitolepis, Enneles, Brannerion, Dastilbe, Tharrhias, Belonostomus e Cearana ), tartarugas, crocodilianos ( Araripesuchus ), pterossauros ( Tupuxuara, Tapejara e Anhanguera ), foraminíferos, crustáceos, gastropódes, ostracóides, bivalves e equinóides .

    Grupo Baurú ( 80 milhões de anos atrás, Cretáceo superior abrangendo as regiões de Bauru, SP, MG, PR, GO e MT ).
     O Grupo Bauru é composto pelas formações Adamantina, Marília, Caiuá, Santo Anastácio e Uberaba. O Grupo Bauru é a mais extensa sequência sedimentar de idade cretácea da América do Sul, e é constituída de arenitos e siltitos depositados em ambiente fluvial. A presença de dinossauros carnívoros é evidenciada por dentes e ovos de pequenos terópodes (Abelissaurídeos). Já as formas herbívoras apresentam também alguns fósseis de ossos, que permitiram ser classificados como pertencentes à saurópodes. No Brasil, as formas coletadas pertencem ao grupo dos Titanossauros, os quais também são encontrados na Argentina. Os restos de Titanossauros correspondem à maior parte do material relacionado à dinossauros encontrado no Brasil, incluindo até um raro ovo. O Grupo Bauru apresenta também fósseis de peixes, crocodilos ( Mariliasuchus amarali e Adamantinasuchus navae ), tartarugas, lagartos e anfíbios . Além dos fósseis de ossos de dinossauros, já foram encontrados  mais de 300 dentes, 4 ovos e muitas pegadas fósseis e os primeiros fósseis de aves da época dos dinossauros achados no Brasil, os quais foram encontrados na região de Presidente Prudente. Em Marília foi encontrada a primeira ocorrência no Brasil de ovos fossilizados de crocodilos, pertencentes ao Mariliasuchus. Outros fósseis importantes são os coprólitos (excrementos fossilizados) onde a maioria pertenceu à crocodilianos (como o o Mariliasuchus) e à dinossauros saurópodes.

    Região Amazônica ( 80 milhões de anos atrás, Cretáceo inferior, 8 milhões de anos atrás, Plioceno e 25 mil anos atrás, Pleistoceno )
    Há cerca de 80 milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo, a Região Amazônica era um braço de mar, que surgiu com a separação da América do Sul e da África, que foi mudando respectivamente com a formação dos Andes, onde foram encontrados muitos dentes de tubarão na Serra do Moa, entre o Acre e o Peru. Há 3 milhões de anos atrás, durante o Plioceno, surgiram animais gigantes de regiões pantanosas, como tartarugas e crocodilos, como a Stupendemys e o Purussauro. A Região Amazônica foi ao poucos se transformando em  cerrado e logo foi coberta por um enorme cerrado muito parecido com a savana africana, há 1 milhão de anos atrás, a vegetação era baixa e alimentava animais semelhantes aos de hoje, porém bem maiores. Os tatus e as tartarugas, por exemplo, tinham o tamanho de um carro pequeno, as Preguiças gigantescas, que ultrapassavam os 3 metros, perambulavam pela paisagem.  A região de cerrado virou floresta e surgiram então animais como o toxodonte e o Mastodonte da Planície e há 10 mil anos atrás, esses animais entraram em extinção, muitos por causa da transformação das savanas em florestas. Alguns deles se adaptaram tanto às áreas abertas quanto às arborizadas, como o tatu, a anta, a cutia e a capivara, que ainda possuem as características de seus antepassados.


Veja na tabela abaixo os animais pré-históricos e dinossauros brasileiros:

Adamantinasuchus
Aeolossauro maximus
Amazonssauro
Angaturama
Anhanguera
Anhanguera Blittersdorffi
Baurusuchus
Brasiliguana
Brasilotitan
Buriolestes
Cearadactylus
Doedicurus
Estauricossauro
Glyptodonte
Gondwanatitan
Homo sapiens
Irritator
Ixalerpeton
Lobo Terrível
Macrauchenia
Macrocollum
Mastodonte da Planície
Maxakalissauro
Megatherium
Mirischia
Nhandumirim
Nyctossauro
Pampadromaeus
Phororhacos
Purussauro
Pycnonemossauro
Sacissauro
Santanaraptor
Saturnalia
Stupendemys
Tapejara
Tapejara wellnhoferi
Tapuiassauro
Telicomys
Thalassodromeus
Thanos
Thylacosmilus
Tigre Dente de Sabre Sul Americano
Trigonossauro
Tropeognathus
Tupuxuara
Uberabasuchus
Utaetus


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