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Phorusrhacos

    O Phorusrhacos ou Phororhacos longissimus cujo nome tem origem no grego e significa (phoros) portador e (rhakos) rugas, ou seja, "portador de rugas" em referência a superfície enrugada da mandíbula que foi encontrada primeiramente e longissumus, devido ao grande comprimento da mandíbula. Era uma grande ave rapineira terrestre que viveu há aproximadamente 9,0 milhões de anos atrás durante o Mioceno na América do Sul.
   Pertência ao grupo de aves gigantes não voadoras apelidadas de "Aves do Terror", sendo uma das maiores dentre elas, pois seu crânio media cerca de 60 centímetros de comprimento e podiam chegar a 2,5 metros de altura e pesar 150 kilogramas (Alvarenga & Höfling, 2003). Possuíam um tamanho próximo dos atuais avestruzes, porém sua cabeça era muito maior e acomodava um imenso bico afiado como o das águias, os quais usavam para ferir gravemente, prender e bater contra obstáculos, mantando finalmente suas vítimas. Eram ótimas caçadoras, podiam perseguir pequenos mamíferos e lagartos com velocidade por longas distâncias, desferindo-lhes fortes bicadas e patadas (com suas fortes garras dos pés). Com certeza eram um dos grandes predadores dessa época.
   Habitavam as planícies e planaltos, em habitats de florestas e pastagens do sul da América do Sul.
   Seus fósseis foram encontrados na Formação de Santa Cruz na Argentina por Florentino Ameghino em 1887 e eram compostos principalmente de uma mandíbula (MLP-118), a qual foi descrita pensando-se ser de um mamífero, hoje lea se encontra no Museu de La Plata. Posteriormente, após novas descobertas na Patagônia, foi reconhecida como oriunda de uma ave em 1891.
   Após a formação da ponte de terra entre as Américas do Norte e do Sul, a competição com os predadores mamíferos acabou iniciando seu processo de extinção. Os seus parentes mais próximos atuais são as aves Seriemas (Cariama cristata).