O Maxakalissauro (Maxakalisaurus topai) foi um enorme dinossauro herbívoro cujo nome
significa "lagarto Maxalaki", Maxakali é devido o nome de um grupo indígena conhecido como Maxakalis das tribos
MacroJê da região de Minas Gerais onde esse dinossauro foi encontrado e "Topa" é um deus adorado por esse grupo
indígena. Viveu há aproximadamente entre 90 a 80 milhões de anos atras, durante o período
Cretáceo Superior (Turoniana a Santoniana ou Maastrichtiana) na região sudeste do
Brasil.
Era um dinossaurosaurópode da família
dos titanossauros ou titanossaurídeos, típicos habitantes da América do Sul e África (antigo supercontinente de
Gondwana). Chegavam a medir entre 15 a 20 metros de comprimento, 6 metros de altura e pesando 10 toneladas, o que os
tornavam um dos maiores dinossauros brasileiros conhecidos. Possuíam osteodermas (placas ósseas similares a escudos
pequenos) nas costas, que ajudavam a endurecer a pele e a proteger os maxakalissauros do ataque de predadores. Estes
osteodermas eram muito comuns em outras espécies de saurópodes. Viviam em bandos familiares pastando vegetação
rasteira e de médio porte, migrando de região para região conforme a oferta de alimento e água, pois essa região na
época era semiárida.
Seus fósseis constituídos por doze vértebras cervicais, parte de sete costelas dorsais, uma coluna
sacral neural, seis vértebras caudais, ossos dos membros, ambos os úmeros, uma osteoderma, uma fíbula incompleta, um
osteodermo e um fragmento do crânio, a maxila direita com cinco alvéolos, onde os quatro primeiros ainda possuíam os
dentes. Foram encontrados em rochas da Formação Adamantina, na Serra da Boa Vista, em uma rodovia a cerca de 45 km
da cidade de Prata, na região de Campina Verde (Triângulo mineiro), no estado de Minas Gerais, Bacia do Grupo Bauru,
Brasil. A geóloga Karen Goldberg estava realizando estudos na região de Campina Verde, quando detectou alguns fósseis,
coletou alguns e levou ao Museu Nacional, onde foram confirmados como sendo de dinossauros por Sérgio Azevedo, que era
o diretor do Museu na época. Em seguida 4 expedições foram realizadas respectivamente em 1998, 2000, 2001 e 2002 por
pesquisadores do Setor de Paleovertebrados do Museu Nacional. Em um espaço de 40 m² foram encontrados um esqueleto
parcial de Maxakalissauro, juntamente com dentes de crocodiliformes, vestígios de outros terópodes e de tartarugas,
havendo até marcas de dentes em alguns ossos do Maxakalissauro. Indicando que após a morte dos Maxakalissauros, suas
carcaças ficaram expostas e serviram de alimento aos carnívoros da época. Os achados foram descritos por Alexander
Kellner e sua equipe em 2006 e concluíram que no sítio escavado haviam pelo menos fósseis de 2 indivíduos distintos
da espécie Maxakalissauro e uma vértebra caudal que pode ou não ser da mesma espécie.
As vértebras cervicais foram comparadas com as de outros dinossauros similares, como o
Gondwanatitan, Trigonossauro, pois são os únicos titanossauros brasileiros que possuem vértebras cervicais conhecidas,
sendo comparados também com Alamossauro e Saltassauro. A dificuldade nas comparações com outros dinossauros
brasileiros é o fato de que muitas partes estão ausentes, devido a pequena quantidade de animais encontrados, como por
exemplo o úmero que foi encontrado apenas no Maxakalissauro e no Gondwanatitan.
O Maxakalissauro foi apelidado de "Dinoprata", eleito através de uma votação popular, em homenagem
ao município de destaque na região (cidade de Prata). Ele foi o primeiro dinossauro de grande porte brasileiro montado para exposição.
Essa réplica mede cerca de 13 metros de comprimento e se encontra desde 2006 no Museu Nacional junto com alguns dos fósseis originais
que possuem 80 milhões de anos.
Dados do Dinossauro: Nome: Maxakalissauro Nome Científico:Maxakalisaurus topai Época: Cretáceo Local em que viveu: Brasil Peso: Cerca de 10 toneladas Tamanho: 6 metros de altura e 20 metros de comprimento Alimentação: Herbívora
Referências:
- Kellner, A.W.A.; et al.. (2006). "On a new titanosaur sauropod from the Bauru Group, Late Cretaceous of Brazil"
(em inglês). Boletim do Museu Nacional Geologia (74): pp. 1–31. Rio de Janeiro: Museu Nacional/UFRJ.
- http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/a-descoberta-de-um-gigante
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