Atlas Virtual da Pré-História

Mastodonte Americano

(Mammut americanum)

Mammut americanum - AVPH

Paleoartes:

- AVPH

Animação

Introdução

O Mastodonte americano (Mammut americanum) foi uma das espécies mais conhecidas do gênero Mammut, um grupo extinto de proboscídeos que viveu na América do Norte. Essa espécie habitou o continente entre aproximadamente 3,7 milhões e 11 mil anos atrás, durante o Plioceno até o final do Pleistoceno. Era adaptada a diferentes tipos de ambientes, incluindo florestas frias e abertas, convivendo com outras megafaunas pleistocênicas e desempenhando um papel importante na dinâmica ecológica do seu tempo.

Etimologia

O nome do gênero Mammut tem origem no russo “мамонт” (mamont), palavra de origem iacuta (ou iakut) e significa "terra", em referência a ideia que os animais que iam aparecendo no solo congelado (permafroste), eram um "fruto da terra". O termo é muito utilizado para animais semelhantes a elefantes encontrados no gelo da Sibéria. O epíteto específico americanum refere-se à América, continente onde a espécie viveu e no qual foram encontrados os principais fósseis.

Descrição

O Mastodonte americano apresentava semelhança geral com os elefantes modernos, mas possuía diferenças marcantes. Media cerca de 3,2 metros de altura no dorso e podia atingir até 5 metros de comprimento, com peso estimado entre 8 e 12 toneladas. Diferentemente dos mamutes, seus molares possuíam cúspides mais salientes, adaptadas para triturar folhas, ramos e vegetação arbórea, evidenciando sua dieta predominantemente folívora. Suas presas eram longas e encurvadas, podendo chegar a mais de 5 metros em alguns indivíduos. Sua estrutura corporal robusta permitia sobreviver em ambientes florestais, nos quais era mais comum.

Descoberta

Os primeiros fósseis de mastodontes foram descritos no século XVIII na América do Norte, sendo alguns dos primeiros grandes fósseis de animais extintos estudados cientificamente nos Estados Unidos. O Mammut americanum foi formalmente descrito em 1792 por Georges Cuvier, que o distinguiu de outros proboscídeos, como os elefantes modernos. Restos fósseis da espécie foram encontrados em grande parte da América do Norte, desde o Alasca até o México, incluindo esqueletos quase completos e exemplares preservados em turfeiras e pântanos.

Classificação

O M. americanum pertence ao gênero Mammut, dentro da família Mammutidae, grupo de proboscídeos extintos que divergiram precocemente da linhagem que deu origem aos elefantes modernos (Elephantidae). É considerado o último e mais recente representante do gênero, tendo sobrevivido até o final do Pleistoceno, quando desapareceu provavelmente devido à combinação de mudanças climáticas e à pressão da caça humana.

Dados do Mamífero:

  • Nome: Mastodonte americano
  • Nome Científico: Mammut americanum
  • Época: Plioceno e Pleistoceno
  • Local onde viveu: América do Norte
  • Peso: Cerca de 12,0 toneladas
  • Tamanho: 3,2 metros de altura e 5,0 metros de comprimento
  • Alimentação: Herbívora

Classificação Científica:

  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Proboscidea
  • Família: †Mammutidae
  • Gênero:Mammut
  • Espécie:Mammut americanum Kerr, 1792.

Referências:

  • - Cuvier, Georges (1806). "Sur le grand mastodonte". Annales du Muséum d'histoire naturelle. 2: 270–312.
  • - Hodgson, Jennifer A.; Allmon, Warren D.; Nester, Peter L.; Sherpa, James M.; Chiment, John J. (2008). "Comparative osteology of late Pleistocene mammoth and mastodon remains from the Watkins Glen site, Chemung County, New York". In Allmon, Warren D.; Nester, Peter L. (eds.). Mastodon Paleobiology, Taphonomy, and Paleoenvironment in the Late Pleistocene of New York State: Studies on the Hyde Park, Chemung, and North Java Sites. Palaeontographica Americana. pp. 301–367.
  • - Kerr, Robert (1792). The animal kingdom, or zoological system, of the celebrated Sir Charles Linnæus. containing a complete systematic description, arrangement, and nomenclature, of all the known species and varieties of the mammalia, or animals which give suck to their young Class I Mammalia. Edinburgh. pp. 115–117.
  • - Larramendi, Asier (2015). "Shoulder height, body mass, and shape of proboscideans". Acta Palaeontologica Polonica. 61 (3): 537–574. doi:10.4202/app.00136.2014.
  • - Osborn, Harry Fairfield (1936). Proboscidea: a monograph of the discovery, evolution, migration and extinction of the mastodonts and elephants of the world. Vol. 1. J. Pierpont Morgan Fund by the trustees of the American Museum of Natural History.
  • - von Koenigswald, Wighart; Wigda, Chris; Göhlich, Ursula B. (2023). "New mammutids (Proboscidea) from the Clarendonian and Hemphillian of Oregon – a survey of Mio-Pliocene mammutids from North America". The Bulletin of the Museum of Natural History of the University of Oregon. 30 (30).