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Ancestrais das Cobras
A Cobra mais
antiga que se conhece surgiu há mais de 130 milhões de anos atrás na África, essas cobras primitivas eram semelhantes
as atuais sucuris, pítons e jiboias, as quais não possuem veneno e pertencem
ao grupo Boidae. Acredita-se que as cobras atuais surgiram a partir de
lagartos ( pertencentes ao grupo Varanid ) durante o período jurássico,
os quais caçavam pequenos animais que se escondiam em tocas e buracos, e para
pegá-los os "lagartos" eram obrigados a se esgueirar e se encaixar
nesses "túneis", o que favorecia os "lagartos" que
possuíssem os menores membros e assim os mesmos viveriam mais e deixariam mais
descendentes, e ocorrendo isso por diversas gerações acrescido de longos
períodos de tempo geraram o surgimento de um nova espécie isenta de membros
locomotores. A dúvida que ainda permanece é se esse processo se deu em terra
ou na água, se o fato de as cobras não possuírem "orelhas externas"
e possuírem os olhos cobertos com uma membrana protetora é para proteger da
entrada de água ou de terra. Um vestígio dessa ancestralidade pode ser
verificado nas atuais Pítons e Jiboias, as quais ainda possuem pequenas pernas
traseiras internas ao corpo, mas que são visualizadas facilmente nos
esqueletos, que ainda possuem até pequenos dedos e que estão localizadas
próximas a cloaca do animal. Com a extinção dos dinossauros, formou-se uma
lacuna em diversos ambientes da Terra, os quais foram preenchidos em parte pelas
cobras as quais chegaram à atingir tamanhos enormes como a Gigantophis,
que podia chegar a 11 metros de comprimento e a Titanoboa que chegava
a atingir 16 metros de comprimento. Há aproximadamente 36 milhões de
anos atrás no final do Eoceno surgiu um grupo de
cobras menores e mais rápidas, as quais deram inicio a uma competição por
comida e territorial, elas são as pertencentes ao grupo Colubridae, porém
estas não foram capazes de se impor sobre seus primas maiores e mais fortes e
se tornaram um grupo pequeno até que há aproximadamente 20 milhões de anos
atrás, no começo do Mioceno, quando pela
movimentação dos continentes, tornou impossível à habitação de certos
ambientes pelas Bovidae, pois estes se tornaram mais frios pela proximidade dos
pólos, fazendo com que as mesmas migrassem para regiões mais quentes, ou seja,
próximas a linha do equador. Porém estes ambientes foram rapidamente dominados
pelas cobras menores e mais rápidas (Colubridae) e o próximo passo seria o
domínio global, sendo que atualmente 2/3 das espécies de cobras são
pertencentes ao grupo das Colubridae e o único continente não habitado pelas
mesmas é a Antártida.
Há aproximadamente 15 milhões de anos atrás uma família de cobras
desenvolveu um novo arsenal para garantir sua sobrevivência, elas possuíam
dentes enormes porém estes eram localizadas no fundo de suas mandíbulas estes
dentes eram utilizados para perfurar a carne e com isso inocular veneno (
o qual é formado a partir da própria saliva modificada do animal) ao atacar,
sendo um modo efetivo de matar depressa e subjugar a comida. Pouco tempo depois
esses dentes enormes migraram para frente da boca e se tornaram ocos e
conectados com glândulas de veneno localizadas nas bochechas, tendo como um dos
atuais representantes as Najas e as Serpentes-marinhas. Há aproximadamente 10
milhões de anos atrás surgem cobras altamente especializadas, comumente
conhecida como víboras, cujos dentes se tornaram mais longos ainda,
impossibilitando até o animal de fechar a boca quando as mesmas estão
estendidas, sendo assim elas desenvolveram um maxilar giratório o qual permite
recolher suas presas, ou seja, dobrá-las para dentro da boca, e assim matar
mais eficazmente seu alimento. Pouco tempo depois as víboras juntamente com as
antigas Bovidae desenvolveram independentemente sistemas capazes de detectar o
calor dos corpos, demonstrando assim a intenção de caçar animais de sangue
quente e tornando as mesmas menos dependentes da visão e possibilitando caçar
durante a noite. Finalmente um grupo de víboras desenvolveu uma estrutura no
término do rabo , composto por resquícios de peles antigas formando uma
espécie de "chocalho" que poderia ser usada como um dispositivo de advertência contra
predadores. Como os esqueletos das cobras são frágeis, delicados e de difícil
preservação, seus fósseis são raros e, geralmente fragmentados, e atualmente
se utilizam técnicas de DNA que medem a distância genética de cada grupo de
espécies, para tentar preencher os vazios dessa linhagem evolutiva.
Veja na tabela abaixo os animais catalogados desse grupo:
Dinilysia |
Gigantophis |
Titanoboa |