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Leão Americano ou Megaleão

    O Leão Americano viveu há aproximadamente 340 a 11 mil anos atrás durante o período Pleistoceno nas planícies da América do norte e da América do Sul, era bem maior que o leão atual (25%) medindo cerca de 2,6 metros de comprimento e 1,4 metros de altura nos ombros.
   Sua classificação ainda é discutível mas estudos indicam que deve pertencer ao mesmo gênero e talvez sendo até uma subespécie dos leões atuais e próxima do Leão das cavernas que viveu na Europa durante o mesmo período.Sua dentição era bastante semelhante à do leão moderno, mas os dentes eram proporcionalmente maiores. O tamanho do crânio era também maior, podendo alojar músculos maiores e consecutivamente possuir uma mordida mais potente. As patas do leão-americano eram mais longas o que sugere que, apesar do tamanho, fossem corredores ágeis e velozes.
   A espécie foi descrita com base em cerca de uma centena de fósseis retirados dos Poços de betume de La Brea na Califórnia. Através destes exemplares, sabe-se que o leão americano foi, ao lado do Smilodon populator, um dos maiores felinos conhecidos. Sendo um dos predadores mais comuns do seu tempo, o que sugere que a espécie tenha sido bem sucedida durante muito tempo e que encontrava-se no topo da cadeia alimentar. As suas presas eram provavelmente veados, bisões, rinocerontes lanudos, bois almiscarados, mamutes juvenis e outras espécies pertencentes à megafauna norte-americana.
   Os exemplares encontrados em La Brea possuíam igual proporção entre machos e fêmeas, gerando a especulação de que a caça fosse uma atividade individual ou em pares, porém os animais encontrados em La Brea, ficaram presos nos poços de alcatrão, o que geralmente ocorria inicialmente com uma presa qualquer, atraindo os predadores para o local devido a oportunidade de refeição fácil, dessa forma muito predadores foram apanhados nessa armadilha natural, mas o controle estatístico dessa população não representa fielmente a população da região. Portanto o comportamento do Leão americano também pode ter sido similar ao dos leões atuais, onde um macho comanda um grupo de 6 a 8 fêmeas e as fêmeas seriam os principais caçadores do grupo.
   O leão-americano evoluiu a partir das populações de leões das cavernas que chegaram às Américas através do Estreito de Bering e ficaram isoladas da Eurásia devido o término de uma Era Glacial há aproximadamente 340 mil anos atrás. Seus fósseis mais antigos foram encontrados no sul do Alaska e Alberta no Canadá, a população aumentou consideravelmente no oeste norte americano, vindo a chegar no leste e sul dos Estados Unidos, com tempo migraram ainda mais para sul, passando pelo México e chegando até a América do Sul, onde foram encontrados restos fósseis no Peru. O desaparecimento dos leões-americanos está provavelmente relacionado com a extinção da megafauna de herbívoros que ocorreu há 10.000 anos, no princípio do Holocênico. O último fóssil encontrado data de 11.355 ± 55 anos atrás. Foram encontrados restos desta espécie junto de acampamentos paleolíticos de índios americanos, provavelmente as parte do animal serviam para ornamentos, rituais e outras demonstrações de força por parte do caçador que abatesse um animal como esse.


Dados do Mamífero:
Nome: Leão Americano, Leão das Cavernas Americano ou Megaleão
Nome Científico: Panthera leo atrox, Panthera atrox
Época: Pleistoceno
Local em que Viveu: Américas do Norte e do Sul
Peso: Cerca de 350 quilogramas
Tamanho: 2,6 metros de comprimento e 1,4 metros de altura nos ombros
Alimentação: Carnívora

Classificação Científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Gênero: Panthera
Espécie: P. leo atrox, P. atrox (Leidy, 1853)


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