O Brontossauro (Brontosaurus excelsus) cujo nome significa "Magnífico Lagarto Trovão", viveu há aproximadamente entre 155 e 151 milhões de anos atrás durante o final do período Jurássico (Kimmeridgiano-Tithoniano) na América do Norte.
Caracterizava-se por um corpo maciço, pescoço longo, cabeça pequena em relação ao corpo medindo cerca de 80 centímetros de comprimento, pés amplos e a cauda muito comprida (uma das mais compridas caudas do reino animal). O longo pescoço, com cerca de 15 ossos grandes, era sustentado por músculos fortes. Possuíam um focinho longo, narinas no alto da cabeça e dentes em forma de cavilha próprios para comer folhas.
Sua cauda era quase metade do comprimento total do corpo e afinava gradativamente ao se aproximar da ponta como um chicote, esta deveria ser usada como arma de defesa contra predadores carnívoros que rondavam os mais fracos do bando (os doentes, os filhotes e os mais velhos). O longo pescoço era usado para alcançar as plantas mais facilmente, no entanto, não flexionava muito na posição vertical e a cabeça era mais orientada na direção do solo, para se alimentar de vegetação rasteira.
Para sustentar seu elevado peso, as pernas do Brontossauro terminavam em pés amplos, como os de elefantes. As patas da frente eram equipadas com uma enorme garra no polegar, usada para chutar os inimigos. Passavam grande parte do seu tempo comendo, pois necessitavam ingerir diariamente entre 500 e 1000 quilogramas de alimentos. A dentição era fraca e não mastigava as plantas, engolindo-as inteiras. Viviam em manadas e provavelmente os filhotes e os mais velhos se localizavam no centro da manada, defendidos pelos maiores e mais fortes que formavam a proteção externa.
Devido essas características (corpo maciço, pescoço longo, cabeça pequena com narinas localizadas no topo da cabeça, cauda longa, etc), nos anos 70, se acreditava que os Brontossauros eram animais aquáticos, pois sustentar todo esse tamanho e peso em terra firme seria muito difícil para os modelos de répteis conhecidos na época. Entretanto nos anos posteriores, estudos comprovaram a postura diferenciada desses répteis e a capacidade de manter e se locomover lentamente em terra firme.
Os fósseis foram descobertos pelo paleontólogo Othniel Charles Marsh em 1879 na Formação Morrison, Wyoming, EUA. Em 1903, Elmer Samuel Riggs considerou o gênero como sinônimo de Apatosaurus e desde então o Brontossauro deixou de existir oficialmente. Em 2015, uma revisão da família Diplodocidae efetuada pelos pesquisadores Emanuel Tschopp, O. V. Mateus e R. B. J. Benson da Universidade portuguesa de Lisboa restaurou o gênero Brontosaurus tornando-o válido.
Provável som que ele emitia:
Dados do Dinossauro: Nome: Brontossauro Nome Científico:Brontosaurus excelsus Época: Jurássico Local onde viveu: América do Norte Peso: Cerca de 17 toneladas Tamanho: 22 metros de comprimento e 10 metros de altura Alimentação: Herbívora
Referências:
- Marsh, O.C. (1879). «Notice of new Jurassic reptiles». American Journal of Science and Arts. 18: 501-505.
- Riggs, E. S. (August 1903). "Structure and Relationships of Opisthocoelian Dinosaurs. Part I, Apatosaurus Marsh" (PDF). Publications of the Field Columbian Museum Geographical Series. 2 (4): 165–196. OCLC 494478078
- Tschopp, E.; Mateus, O. V.; Benson, R. B. J. (2015). "A specimen-level phylogenetic analysis and taxonomic revision of Diplodocidae (Dinosauria, Sauropoda)". PeerJ. 3: e857. PMC 4393826 Freely accessible. PMID 25870766. doi:10.7717/peerj.857
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