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Ypupiara
O Ypupiara (Ypupiara lopai) cujo nome "Ypupiara" tem origem na lingua tupi e significa "aquele que vive na água" e "lopai" em homenagem a Alberto Lopa, que ajudou o primeiro paleontólogo brasileiro, Llewellyn Ivor Price, a encontrar os restos fósseis. Era uma espécie de dinossauro que viveu há aproximadamente entre 72 a 66 milhões de anos, durante o período Cretáceo Superior (idade Maastrichtiana), no estado de Minas Gerais, Brasil.
Eram pequenos dinossauros brasileiros bípdedes e carnívoros, pertencentes ao grupo dos Terópodes. Chegavam a medir cerca de 1,2 metros de altura e 3,00 metros de comprimento e pesavam cerca de 20 quilogramas. Deveriam viver em pequenos bandos, caçando pequenos répteis, mamíferos, anfíbios e peixes.
O fóssil (Holotipo DGM 921-R) foi encontrado em rochas do sítio de Caiera, região de Peirópolis por Alberto Lopa e Llewellyn Ivor Price, entre 1940 e 1960, que registrou como um vertebrado indeterminado. O material permaneceu na gaveta da coleção do Museu Nacional do Rio por quase 80 anos sem nenhuma ideia sobre a qual animal pertencia. Os retos eram compostos por um maxilar com três dentes e um outro fragmento da arcada dentária, que infelizmente, foram perdidos no incêndiodo Museu Nacional em setembro de 2018. Por sorte ele já havia sido catalogado, medido e fotografado, o que permitiu com que a equipe seguisse com a pesquisa. Os restos fósseis foram encontrados em Peirópolis, um bairro rural do município Uberaba no estado de Minas Gerais, região sudeste brasileira, pertencente a Formação Marília. Foram estudados pelos paleontólogos Arthur Souza Brum (Laboratório de Paleobiologia e Paleogeografia Antártica, Departamento de Geologia e Paleontologia, Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ), Rodrigo Vargas Pêgas (Laboratório de Paleontologia de Vertebrados e Comportamento Animal da Universidade Federal do ABC), Kamila Luisa Nogueira Bandeira (Laboratório de Sistemática e Tafonomia de Vertebrados Fósseis, Departamento de Geologia e Paleontologia, Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFRJ), Lucy Gomes de Souza (Museu da Amazônia - MUSA), Diogenes de Almeida Campos (Museu de Ciências da Terra, Serviço Geológico do Brasil – CPRM), Alexander Wilhelm Armin Kellner (Museu Nacional e Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ), o artigo foi publicado em 2021 na revista científica britânica Papers in Palaeontology.