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Elefante de Guerra Africano


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    O Elefante de Guerra Africano, Elefante de Cartago ou Elefante Atlas (Loxodonta cyclotis pharaohensis) foi uma subespécie de Elefante Africano (Loxodonta cyclotis) que viveu até os primeiros anos da época de Cristo no norte da África.

    Estes elefantes são famosos por terem sido muito utilizados por Hannibal, durante as Guerras Punicas entre a República Romana e a República de Cartago, como elefantes de guerra. Eram treinados e guiados por seres humanos (Mahout) para o combate, como verdadeiros "tanques de guerra" primitivos, incrementados com diversas armaduras leves e pesadas e muitas vezes transportavam em suas costas pequenas cabines (Howdah) contendo arqueiros ou lanceiros. Eles eram reunidos em Elefantarias, que eram unidades de cavalaria contendo soldados montados em elefantes. Seus principais atributos eram avançar para cima dos inimigos, pisando-os e quebrando suas fileiras defensivas, provocando imenso terror no exército inimigo.

    O uso de espécies de elefantes em combates foi realizado por diversas civilizações, sendo primeiramente empregados com maestria na Índia, onde foram responsáveis por resistir ao avanço das tropas de Alexandre "O Grande" da Macedônia, principalmente por causarem pânico nos cavalos que eram umas das principais armas de Alexandre e depois foram adotados por todo o sul da Ásia e oeste do Mediterrâneo. Seu uso mais famoso no Ocidente foi pelo general grego Pirro de Épiro e pelo general de Cartago Hannibal.

    Entretanto o uso de elefantes em campo de batalha foi se reduzindo conforme sua disponibilidade na natureza foi diminuindo. No caso do Elefante de Cartago (L. c. pharaohensis), a subespécie foi utilizada pelo homem até não restar mais nenhum exemplar, levando a espécie a extinção.

    Os fósseis mais antigos do gênero Loxodonta foram encontrados em Uganda e são datados de 6,0 a 5,5 milhões de anos atrás (Tassy 1995). Há 7,3 milhões de anos atrás ocorreu a divisão entre os gêneros Loxodonta africano e Elephas asiático (Maglio, 1973). A espécie mais antiga desse gênero descoberta foi a Loxodonta adaurora originária do leste africano e que se espalhou pela região sub-Saariana (Maglio, 1973). Durante o começo do período Pleistoceno, surge a espécie Loxodonta atlantica, que era maior e mais especializada que seus antepassados, ela surgiu e se espalhou pelo norte e pelo sul da África. Os fósseis mais antigos de Loxodonta africana indicam que ele descende de L. adaurora, porém espécies de transição nunca foram encontradas (Maglio, 1973). O declínio e o desaparecimento de L. adaurora e L. atlantica coincide com o aparecimento na África de duas espécies vindas da Ásia e parentes próximas dos elefantes asiáticos (Palaeoloxodon recki e Elephas iolensis) e após o desaparecimento do gênero Elephas da África no final do período Pleistoceno, L. africana se tornou a única espécie de elefante no continente africano.

    A espécie L. africana se espalhou por toda a África, desenvolvendo então diversas populações com tendência de isolamento geográfico durante cerca de 2,6 milhões de anos atrás, criando assim subgrupos, os quais acredita-se que vieram a se tornar espécies e subespécies diferentes. Estes subgrupos são divididos em dois: um grupo é composto pelos atuais Elefantes da Floresta (Loxodonta cyclotis) e os extintos Elefantes de Cartago (L. c. pharaohensis) e o segundo grupo são os dos elefantes da savana, composto pelos Elefante sul africano (L. a. africana) e suas variações regionais, existentes na Tanzânia, Kenya, sudoeste da Somália e Uganda (L. a. knockenhaueri), existentes no nordeste do Sudão (L. a. oxyotis) e existentes no norte da Somália e oeste da Etiópia (L. a. orleansi). Estudos atuais ainda não classificaram as subespécies L. c. pharaohensis e as outras L. africana em grupos distintos, não estando oficialmente descritas e portanto não sendo reconhecidas pela comunidade científica (Eggert et. al., 2002 e Martin, 1991).

    Atualmente são apenas reconhecidas oficialmente as duas espécies: Elefante da Floresta (Loxodonta cyclotis) e Elefante da Savana (Loxodonta africana). As principais diferenças existentes entre as duas espécies são: a presença de longa e estreita mandíbula no elefante da floresta, sendo no elefante da savana a mandíbula curta e larga, as orelhas do elefante da floresta são arredondadas, as do elefante da savana são pontiagudas, as presas do elefante da floresta são mais retas, menores e apontam para baixo, o macho de elefante da floresta raramente ultrapassa os 2,6 metros de altura, enquanto o elefante da savana ultrapassa facilmente os 3 metros, chegando a quase 4 metros de altura, o elefante da floresta normalmente tem 5 unhas nas patas dianteiras e 4 nas patas traseiras (similar aos elefantes asiáticos) e o elefante da savana tem normalmente 4 unhas nas patas dianteiras e 3 na patas traseiras. Entretanto são espécies intimamente correlacionadas, ocorrendo com frequencia o intercruzamento entre elas e o surgimento de híbridos (Roca, 2001).

Dados do Mamífero:
Nome: Elefante de Guerra Africano, Elefante de Cartago, Elefante do Norte da África ou Elefante Atlas
Nome Científico: Loxodonta cyclotis pharaohensis
Época: Holoceno
Local onde Viveu: Norte da África
Peso: 6 toneladas
Tamanho: 3 metros de altura
Alimentação: Herbívora

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Proboscidea
Família: Elephantidae
Subfamília: Elephantinae
Gênero: Loxodonta
Espécie: Loxodonta cyclotis (Blumenbach, 1797)
Subespécie: Loxodonta cyclotis pharaohensis (Deraniyagala, 1948)

Sinônimos:
- Loxodonta africana pharaohensis
- Loxodonta pharaohensis

Referências:
- Lori S. Eggert, Caylor A. Rasner and David S. Woodruff, The evolution and phylogeography of the African elephant inferred from mitochondrial DNA sequence and nuclear microsatellite markers, The Royal Society, 2002.
- Maglio, V. 1973 Origin and evolution of the Elephantidae. Trans. Am. Phil. Soc. 63, 1–149.
- Martin, C. 1991 The rainforests of West Africa: ecology, threats, conservation. Basel, Switzerland: Birkha user.
- Roca, Alfred L.; Nicholas Georgiadis, Jill Pecon-Slattery, Stephen J. O'Brien. (24 August 2001). "Genetic Evidence for Two Species of Elephant in Africa". Science 293 (5534): 1473–1477. doi:10.1126/science.1059936.
- Tassy, P. 1995 Les proboscidiens (Mammalia) fossiles du rift occidental, Ouganda. In Geology and palaeobiology of the Albertine Rift Valley, Uganda-Zaire. II. Palaeobiology (ed. B. Senut & M. Pickford), pp. 217–257. Orleans, France: CIFEG.
- Wilford, John Noble (18 de Setembro de 1984). "O MISTÉRIO DE ELEFANTES Hannibal" . New York Times.


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